18/04/2011

TDAH e diagnósticos precipitados

1 INTRODUÇÃO

Há sempre que se considerar que freqüentemente, há fortes indícios de que muitas das dificuldades, e transtornos de aprendizagem, diagnosticados pelos profissionais de educação, e até por alguns neurologistas, foram muito provavelmente ocasionadas por carência de estímulos suficientes nos primeiros anos de vida do que por causas fisiológicas, como uma possível lesão cerebral. Segundo Tredgold (apud)Lewis (1993), no ano de 1908, o termo “disfunção cerebral mínima”, foi elaborado para classificar crianças que se mostravam impulsivas, desatentas e hiperativas. Contudo, não foi comprovado seguramente esse dado em todas as crianças com TDAH. Da mesma forma, foram acrescentados outros fatores como possíveis causas do TDAH: anormalidades genéticas, lesão Peri natal, infecções, envenenamento por chumbo, traumatismo na cabeça, transtornos metabólicos, transtorno dos neurotransmissores, problemas dietéticos e fatores psicossociais. (LEWIS, 1993,p,387). Há uma alta incidência do transtorno em meninos, levando-se a acreditar que o problema possivelmente está relacionado também ao hormônio masculino testosterona.

No que se refere a suspeita de TDAH, a falta de interação com crianças da mesma faixa etária,falta de mediadores significativos no âmbito familiar e escolar, responsáveis, por criar laços de afetividade, amizade, amor e respeito; pela falta de imposição de limites; de orientação a observância ás normas de conduta; a obediência às regras sociais, acabam gerando nas crianças e adolescentes comportamentos sugestivos de transtornos e de dificuldades de aprendizagem.

A cada dia cresce, demasiadamente, o número de crianças com dificuldades de aprendizagem. Investigando-se os motivos das dificuldades, freqüentemente estão associados a problemas emocionais como: falta de estímulos suficientes, ausência materna e ou paterna e uma educação inadequada na escola. Além disso, o que se percebe é que nos tempos atuais, as crianças não brincam mais por falta de tempo e segundo, por falta de espaço. Muito cedo a criança vai à escola, à aula de computação, etc. E quando há tempo para brincar, a brincadeira preferida é num computador, num vídeo game isolado de pessoas, sem interação alguma, um com o outro. A participação dos pais nas brincadeiras é. hoje momento raríssimo porque o princípio é, não há tempo a perder, é preciso trabalhar, sempre, para poder dar “tudo” de bom para os filhos. E assim, desta forma, os pais deixam a educação de seus filhos à cargo da escola /ou de terceiros, deixando de participar efetivamente da vida dos filhos, e, estes de interagir com outras crianças e, principalmente, de interagir com outos familiares.

O papel da Psicopedagogia Clínica na aprendizagem de crianças com suspeita diagnóstica, tanto de TDAH, como de outras dificuldades e transtornos, se torna imprescindível, para a condução e mediação dos processos, desmistificando o paradigma de que toda criança agitada, ativa, com desvios de conduta, mal alfabetizadas, sejam confundias com crianças que realmente possuem algum tipo de síndrome, ou de distúrbios.

O pael da escola e a cria~ça com suspeita de TDAH

A importância da intervenção da psicopedagogia clínica no

diagnóstico de crianças com suspeita de TDAH

Lednalva Oliveira


Resumo: A importância da psicopedagogia clínica como elemento mediador da aprendizagem, principalmente com crianças com suspeita de transtornos, inclusive o de déficit de atenção e hiperatividade, (TDHI), tem como objetivo principal buscar subsídios teóricos para melhor entender suas influências sobre a aprendizagem e como lidar com estes comportamentos, e com todos os envolvidos no processo. Encontra a justificativa na afirmação de que o TDAH é um problema que atinge grande parte da população mundial e, é, justamente por isso, que o psicopedagogo clínico tem uma contribuição para orientar o trabalho de pais e professores que tenham filhos/ aluno com suspeita de tal deficiência. Este projeto baseou-se num estudo de caso realizado durante o estágio clínico, no Núcleo de Estudos Pesquisa e Capacitação e Terapias Integradas. NEPCATI, situado na cidade de Feira de Santana-Ba, em que se atendeu uma criança de 7 anos , cursando a 1ª série do ensino fundamental, com sérias dificuldades de aprendizagens, tanto no âmbito escolar, quanto familiar e social. No escolar, as áreas atingidas foram as área da linguagem e escrita, e , no campo lógico matemático. Onde a mediação do profissional de psicopedagogia clínica, foi elementar no processo de condução no caso dessa criança que apenas apresentava indícios; algumas características de TDAH. Verificou-se que seu comportamento era um pouco distinto do de outras crianças, onde apenas requeria uma maior compreensão da problemática por parte dos pais e professores. Estes, por sua vez, em sala de aula devem adotar uma metodologia de trabalho com atividades que não sejam monótonas, e, sim atraentes, e que todos os alunos possam participar. Quanto aos pais, as atitudes e conceitos precisam ser revistos, e as posturas mais democrática, onde o diálogo deve ser constante para que os conflitos possam ser minimizados para serem resolvidos. A prática na clínica psicopedagógica mostrou que muitas crianças com diagnostico de hiperativas, mais das vezes são frutos de comportamentos de famílias problemáticas, e com conflitos não resolvidos.

Palavras Chave: psicopedagogia Clínica, Hiperatividade, família, escola