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24/07/2013
Psicopedagogia e as contribuições da fenomenologia
significaçaõ dos sentidos que possibilite a ampliação dos olhares e de sua compreensão. A clínica não fala pelo “Ser”, cuida para que ele fale por si mesmo através dos fenômenos que vão surgindo , sem necessariamente corresponder nem seguir critérios de caráter verdadeiros ou falsos, certo ou errado, mas de serem possibilidades de sentido ,em um interjogo na relação que constitui o espaçode diálogico clínico.
Uma Perspectiva da Fenomenologia na Clínica Psicopedagóca - Filosófica existencial
O método fenomenológico ganha importância diante das limitações das psicoterapias de cumprir sua fnalidade em aliviar o sofrimento dos pacientes. Sofrimento este que também é o alvo da clínica psicopedagógica, daí a utilidade do método fenomenológico aplicado na clínica psicopedagógica.
Para Huisman (1997/2001) a existência seria uma situação mal resolvida e aparentemente sem solução entre a compreensão dos propósitos e dos questionamentos que se assume diante da vida. A relação existente entre sofrimento e existência, e da relação entre psicoterapia e método.
O impasse está ou no silêncio de Deus ou na efemeridade dos valores.
Huisman faz referência a esse desconforto causado por tal impasse, que perpassou vários séculos. Desde Sócrates (469-399, a.C.), na flosofia do conhecer a sí, do cuidar de sí, e do retorno a sí mesmo.
Históricamente o pensamento filosófico desde os seus primórdios confronta –se entre duas propostas , uma que objetiva a partir das ideias de homem ,de mundo e de Deus; e outra propsta que é a a compreensão para o homem seus sentimento e sua subjetividade.
Para tal compreensão , Pascal acreditava que se fazia necessário ao homem refletir a propria vida através da meditação, afim de compreender o universo, sua grandeza, o sofrimento e a morte.
Descartes (1596-1650), no apelo à transcendência e à emergência de uma consciência livre.
Hrreigel, diz em seu idealismo que o sofrimento exigia uma experiência real e não simplesmente o conhecimento.
Enquanto a ética de Kant, acreditava que a escolha já estava decidida em favor do bem universal. Para Kierkegaard, essa abstração formal era vazia, distanciada do sofrimento da existência, onde a manutenção da incerteza no lugar da verdade, a dúvida da fé, para a manutenção da própria fé, onde o homem sem Deus não tem signifcação.
A psicoterapia na abordagem fenomenológica existencial possibilita um encontro cuja a finalidade é ajudar a pessoa aolhar para sí, de forma que lhe permita ver sua assência verdadiera , para que lhe seja possível identificar e experienciar seus desejos e defesas de forma a confrontar-se com sua própriarealidade, o que lhe permitirá encontre o seu lugar no mundo e que perceba outras formas de existir nesse mundo, através de respostas que vão surgindo no momento em que o projeto existencial torna –se mais compreensível.
À partir do momento em que as figuras vão se reconfigurando, como peças de um quebra cabeça, que vão se encaixcando , onde ocorre a resolução de situações até então não compreendidas e que passam a elucidar-se-em pode-se afirmar que o trabalho das áreas “Psi” na clínica é trabalhar um sujeito que é pura possibilidade de potencialidades à partir de suas vivências.
Segundo Romero (1997), a observação e a escuta do paciente devem ser realizadas com base em oito dimensões existenciais fundamentais: as dimensões ontológica do homem como ser no mundo, social e interpessoal, da práxis, corporal, motivacional, afetiva, espaço-temporal e axiológica, que diz respeito aos valores inerentes à existência social e individual.
“ O fator traumatizante, tal como é possível vislumbrar em uma neurose, não é nunca um acontecimento real por si só, senão o que dele tem dito ou calado aqueles que estão ao seu redor. São palavras, ou sua ausência associadas com a cena penosa, as que dão ao sujeito os elementos que impressionarão sua imaginação” (Manoni in Fernandez,1990).
O terapeuta, como assinala Fages, é uma testemunha que legaliza a palavra do paciente.
O método fenomenológico na visão de Hurssel e Martin Heidegger
O método fenomenológico proposto por Husserl e o existencialismo é polêmica, o quanto tem sido polêmico os limites do fazer psicopedagógico na clínica.
Husserl apontava para uma abstração idealista da redução transcendental incompatível com a concretude da existência, defnindo a fenomenologia como um método flosófco descritivo capaz de conceber uma psicologia que fundamentaria a psicologia empírica sendo capaz de, como flosofia universal, proceder à revisão metodológica de todas as ciências.
O método fenomenológico apresenta-se como importante contribuição não só para a psicologia, bem como para a psicopedagogia clínica , pois não se ocuparia da compreensão da subjetividade, mas também com a apuração da racionalidade na busca do conhecimento e como este se dá de indivíduo para indivíduo..
A aplicação do método fenomenológico para Husserl, se dá na relação entre consciência e experiência. A consciência entendida como uma estrutura apta para tomar conhecimento do que se apresenta na experiência uma vez que sem experiência não há consciência. E a consciência, por sua vez, é o resultado de uma história de vida, permeada por suas crenças e convicções passada e presentes.
A finalidade é encontrar a co relação entre o que está escondido na diversidade da experiência e nas sombras da consciência. O mundo se refere à consciência e a consciência só poder ser desvendada quando se revela sua estrutura transcendental que é onde reside a subjetividade, o puro Ego e sua contituição e fraquezas.
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